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sábado, 24 de julho de 2010

MIGUEL ROÔMULO: ' ODEIO POLÍTICA '

Gente estou postando agora a entrevista que Miguel Rômulo deu ao Conselho Jovem da Magazine. Bem, boa leitura ;D

RIO - Caso clássico de um papo com o Conselho Jovem da Megazine: o entrevistado chega pensando que só vai ouvir perguntas usuais sobre início de carreira, desafios, loucuras de fãs etc., mas acaba surpreendido. O papo com Miguel Rômulo não foi diferente. Ator desde os 9 anos, com papéis em novelas como "Caras e bocas" e "A favorita" e agora em cartaz no Teatro Clara Nunes, do Shopping da Gávea, com a peça "Tango, bolero e cha cha cha", Miguel foi surpreendido com questões sobre política e vestibular, temas que não costuma encontrar nas entrevistas. No final, reconheceu: "Adorei a conversa. Eles me deixaram em várias saias justas".

ANA GABRIELA CASTILHO: Você vai fazer vestibular este ano? Para quê?

MIGUEL RÔMULO: Terminei a escola ano passado. Estou entre cinema, teatro e jornalismo, mas tenho trabalhado muito e não dá para competir com um aluno que passa o ano todo estudando. Mas também confesso que não estou pensando nisso agora.

LUISA MELLO: Como você começou a carreira? Já tinha vontade ser ator?

MIGUEL: Quando comecei, não tinha as coisas claras na cabeça. Fiz (a novela) "Coração de estudante" com 9 anos. Era tudo alegria e todo mundo ria da minha cara porque eu era criança. Só em "A favorita", com 16 anos, é que comecei a amadurecer profissionalmente. Depois, encarei meu primeiro personagem cômico, de "Caras e bocas". Deu medo porque era novidade, mas os colegas ajudaram. E nunca fui medroso.

KARINA VALENTE: Nenhum parente seu é ator. Isso deixou as coisas mais difíceis?

MIGUEL: Não. Muitos atores têm parentes, e isso dá um pouco mais de chance, mas não é legal falar que o cara entrou porque é filho do fulano. Se entrou, tem qualidade. Se ficou, é porque é melhor ainda.

ANA GABRIELA: E no teatro? Já aconteceu de você esquecer o texto?

MIGUEL: Essa é minha primeira peça. A estreia foi meu maior desafio até hoje. Comecei a chorar, dizendo que esqueci o texto, mas os outros me acalmaram. Já errei muito. Todos erram. A gente brinca dizendo que faz uma peça dentro da peça, e todo mundo ri dos erros. Mas isso contagia o público e dá certo.

CLARA BALBI: Quais foram seus piores erros em cena?

MIGUEL: Além dos erros de textos, já tropecei e quase caí de cara no chão. Saí do palco catando cavaco (risos). Quebrei duas vezes a maçaneta abrindo a porta do cenário. Não sei mais o que fazer com essa porta.

CLARA: Em "A favorita", seu personagem era filho de um comunista. Você se considera um cara politizado?

MIGUEL: Não, odeio politica. Tenho 18 anos e já desisti. Voto em branco e nem gosto de comentar, porque não entendo. Sei mais de política dos EUA do que do Brasil, por causa do Obama. Vocês podem me julgar, mas tem muita coisa melhor para saber do que politica.

ANA GABRIELA: Mas você cresceu no Brasil, não foi? Então, por que entende mais dos EUA? Você não é patriota?

MIGUEL: Eu amo o Brasil. Olha, eu estava brincando. Claro que não voto branco. Isso é coisa de quem não acredita que o país pode melhorar. Eu vejo TV, leio jornal e seleciono meus candidatos. É o único momento em que toda opinião é ouvida, e cada um deve fazer a sua parte.

RAPHAEL OLIVEIRA: E como você se vê em cinco anos?

MIGUEL: Como o melhor ator do país (risos). Brincadeira. Só quero ser um exemplo bom para quem está começando, sem me meter em escândalos. Fiz várias novelas, apresentei "TV Globinho"... As crianças sabem quem eu sou. Imagina se apareço num escândalo de drogas? Nunca fui disso. Uma vez apareci numa reportagem beijando uma garota. Poxa, com tanta gente fazendo coisa errada, por que se preocupar com o Miguel Rômulo beijando na boca numa boate? Não quero virar o "Sr. Galinha". Até porque não sou assim.

RAPHAEL: Fazer novela ajuda a pegar garotas?

MIGUEL: Tem que tomar cuidado. Nunca se sabe o que elas podem fazer. Você não sabe quem é a garota, o que ela quer com você (risos).

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